terça-feira, 15 de maio de 2012

CANNES


"O Festival é uma nação apolítica, um microcosmos do que seria o mundo se os homens pudessem ter contatos diretos e falar a mesma língua". Jean Cocteau.

O Festival de Cannes, tão celebrada amostra filmográfica, terá seu início no dia 16 e se encerrará no dia 27 de maio de 2012.  Desde as suas origens, o Festival de Cannes é fiel à sua vocação fundadora: revelar e valorizar obras para servir a evolução do cinema, favorecer o desenvolvimento da indústria do filme no mundo e celebrar a 7ª arte a nível internacional.


BREVE HISTÓRIA DE CANNES

O Festival Internacional do Filme foi criado por iniciativa de Jean Zay, ministro da Instrução Pública e das Belas Artes, que desejava implantar em França um evento cultural internacional capaz de rivalizar com a Mostra de Veneza. Primeiramente previsto em 1939 sob a presidência de Louis Lumière (sim, um dos fundadores da Sétima Arte, juntamente com seu irmão, August Lumière e também George Mièles), só mais de um ano após o fim da guerra, a 20 de Setembro de 1946, foi aberta a primeira edição do Festival em Cannes. Ocorreram todos os anos em Setembro, exceto em 1948 e 1950, antes de se desenrolar no mês de Maio a partir de 1952.

O objetivo do Festival é encorajar o desenvolvimento de todas as formas da arte cinematográfica, bem como criar e manter um espírito de colaboração entre todos os países produtores de filmes. Artisticamente, é uma mostra cinematográfica em que tudo é permitido e que lançou a carreira de diretores como Quentin Tarantino e Steven Soderbergh. O festival se orgulha de eventos tão diversos quanto apresentações formais de filmes e filmes exibidos à meia-noite, na praia, e se transformou em um sistema complexo de eventos principais, mostras paralelas e premiações. Neste artigo, você saberá o que acontece durante o Festival de Cannes e por que ele é tão especial.

Nos anos 60, à margem da Seleção Oficial (explicada com mais detalhes, no próximo item) nascem duas seleções independentes: a Semaine Internazionale de La Critique em 1962 e a Quinzaine des Réalisateurs em 1969. Até 1972, os filmes que podiam aspirar à seleção eram designados pelo respectivo país de origem. A partir desta data, o Festival afirma a sua independência tornando-se único decisor da Seleção Oficial dos filmes. Em 1978, Gilles Jacob é nomeado Delegado Geral. No mesmo ano, cria a seleção Un Certain Regard e o prémio da Caméra d'Or que recompensa o melhor primeiro filme de todas as seleções.  A Lição de Cinema é inaugurada em 1991 por Francesco Rosi. Sucedem-se prestigiantes realizadores para darem conta do respectivo percurso de artista e visão sobre o cinema. Com o mesmo princípio, a primeira Lição de Música é dada em 2003 por Nicola Piovani e a primeira Lição de Actor por Max Von Sydow em 2004.

Em 1997, por ocasião da Cerimônia do 50º aniversário do Festival de Cannes, os maiores realizadores mundiais são reunidos em palco para entregarem a Palma das Palmas a Ingmar Bergman. Em 1998, Gilles Jacob cria a Cinéfondation, uma seleção de curtas e médias metragens de escolas de cinema de todo o mundo. A entidade desenvolve-se em 2000 com a abertura da Résidenceonde jovens realizadores vêm realizar a escrita dos respectivos argumentos e, seguidamente, em 2005, com o Atelier, que ajuda cerca de vinte realizadores por ano a encontrarem financiamentos para o respectivo filme. Projetadas no âmbito de retrospectivas temáticas até 2004, as obras do patrimônio são, a partir desta data, apresentadas em Cannes Classics, uma seleção que reúne as cópias restauradas, as homenagens às cinematografias e os documentários sobre o cinema. Em 2007, para festejar os 60 anos do Festival de Cannes, 33 dos maiores realizadores de todo o mundo são convidados a participar no filme de aniversário Chacun son cinéma, realizado cada um deles em 3 minutos, um curta-metragem sobre o tema da sala de cinema. Em 2010, a nova entidade “Cannes Curta-Metragem” reúne numa dinâmica complementar a Competição dos curtas-metragens e o Short Film Corner de modo a oferecer um panorama completo da criação mundial em formato curto.

A “SELECÇÃO OFICIAL” DE CANNES

Esta seleção valoriza a diversidade da criação cinematográfica através de diferentes aspectos e, em primeiro lugar, da Competição e de Un Certain Regard. Os filmes que ilustram o “cinema de autor destinado ao grande público” são apresentados na Competição, enquanto Un Certain Regard destaca obras originais quanto ao propósito e à estética. A Seleção Oficial assenta igualmente nos filmes Fora da Competição, nas Sessões Especiais e nas Sessões da Meia-Noite, Cannes Classics e na seleção Cinéfondation de filmes de escola.

Os filmes da Seleção Oficial são divididos em várias categorias:





·         Competição
·         Longa-metragens
·         Curta-metragens

·         Longa-metragens não competitivos
·         Mostra Un Certain Regard
·         Mostra Cinéfondation

Para que um filme seja inscrito nas mostras competitiva, não competitiva e Un Certain Regard (Um Certo Olhar), ele deve ser produzido nos 12 meses que antecedem o festival e não pode ter sido exibido em nenhum contexto internacional, ou seja, em qualquer outro país além daquele onde o filme foi produzido, em nenhum festival internacional de cinema, nem na internet. Além dessas exigências, o filme precisa "respeitar os objetivos do festival segundo o Artigo 1" das Normas e Regulamentos de Cannes (em inglês):

'O espírito do Festival de Cannes é de amizade e cooperação universal. Seu objetivo é revelar e chamar a atenção para obras de qualidade a fim de contribuir para o progresso da arte cinematográfica e incentivar o desenvolvimento da indústria do cinema no mundo todo.'

Os curta-metragens não podem durar mais do que 15 minutos. Os longa-metragens têm tempo de exibição ilimitado. Um dos filmes selecionados para a mostra Un Certain Regard, 2003, "La Meglio Gioventu", de Marco Tullio Giordana, teve 5 h 30 min de duração. 

Os filmes que participam da mostra Out of Competition (não competitiva) costumam ser aqueles que o comitê de seleção de Cannes deseja dar o devido reconhecimento, mas que não atendem exatamente aos critérios competitivos. Un Certain Regard costuma exibir filmes originais, técnicas experimentais e tendências de vanguarda que aparecem na obra de diretores consagrados, mas que ainda não foram reconhecidas no cinema convencional.

A categoria Cinefondation, criada em 1998, é exclusiva para estudantes atualmente matriculados em faculdades de cinema. Esses filmes só podem ser ficção, ao vivo ou animação, com duração máxima de uma hora. Qualquer filme que atenda a esses critérios e que tenha sido produzido nos 18 meses que antecedem o festival pode concorrer. Como as outras mostras da Seleção Oficial, o filme apenas se qualifica para a Cinefondation se ainda não foi exibido em um contexto internacional.

PREMIAÇÃO EM CANNES

Há muitos prêmios no Festival de Cannes, mas o maior de todos é a Palma de Ouro, concedida ao melhor longa e ao melhor curta da competição. Em geral, quando as pessoas se referem à "Palma de Ouro", elas têm em mente aquela concedida ao melhor longa-metragem. Na década passada, houve dois empates para a Palma de Ouro - "The Piano" e "Bawang Bieji" em 1993, e "Unagi" e "Ta'm e Guilass" em 1997. Uma das principais vitrines da sétima arte, o Festival de Cannes consagrou na sua última edição, A Árvore da Vida de Terrence Malick e deu início ao caminho para a glória de O Artista com a Palma de Ouro de Melhor Ator para Jean Dujardin. Kirsten Dunst levou o prêmio de Melhor Atriz por Melancolia e Nicolas Winding Refn foi o melhor diretor por Drive.

O Câmera de ouro é concedido por um júri paralelo ao melhor filme original de todo o festival, abrangendo todas as seções da Seleção Oficial, a Quinzena dos Diretores e a Semana Internacional da Crítica. Segundo os padrões de Cannes, um "filme original" tem no mínimo uma hora de duração e seu diretor nunca fez um filme com essa duração para o cinema ou para a TV.  Além dessas premiações, no festival também são exibidos filmes em mostras paralelas. Uma das coisas mais sensacionais sobre as premiações de Cannes é que elas podem ser diferentes a cada ano. Os jurados têm a liberdade de acrescentar premiações se assim o desejarem, dependendo dos filmes na Seleção Oficial daquele ano. Em 2000, o filme "La Noce" de Pavel Lounguine, recebeu o prêmio de melhor elenco; em 1998, "Velvet Goldmine" de Todd Haynes recebeu o Prix de la meilleure contribution artistique au Festival International du Film, o prêmio de melhor contribuição artística para o Festival. Em 1991, Samuel L. Jackson ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua atuação em "Jungle Fever" de Spike Lee, a primeira vez em que esse prêmio foi concedido no Festival de Cannes.
 
Em Cannes, o maior mercado cinematográfico internacional, conquistando ou não a Palma de Ouro, o filme tem a chance de chamar a atenção de críticos e produtores capazes de lançar carreiras na indústria cinematográfica. Sobretudo para os filmes "independentes", um convite para Cannes pode ser um enorme incentivo e a vitória geralmente significa investimento financeiro sério de produtores que querem fazer sucesso com novidades.

A SELECÇÃO OFICIAL 2012

A seleção completa, com todos os filmes de todas as categorias, está no seguinte endereço - http://www.festival-cannes.fr/pt/article/58878.html.

Em competição:

Amour - Michael Haneke
The Angel's Share - Ken Loach
Baad EL Mawkeaa - Yousry Nasrallah
Beyond The Hills - Cristian Mungiu
Cosmópolis- David Cronenberg
Holy Motors - Leos Carax
The Hunt - Thomas Vinterberg
In Another Country - Hong Sang-Soo
Im Nebels - Sergei Loznitsa
Killing Them Softly - Andrew Dominik
Lawless -John Hillcoat
Like Someone In Love - Abbas Kiarostami
Moonrise King- Wes Anderson
Mud - Jeff Nichols
On The Road - Walter Salles
Paradies: Liebe - Ulrich Seidl
The Paperboy - Lee Daniels
Post Tenebras Lux - Carlos Reygadas
Reality - Matteo Garrone
Rust & Bone - Jacques Audiard
Taste Of Money - Im Sang-Soo
Vous N'Avez Encoure Rien Vu - Alain Resnais

Mostra Um Certo Olhar - Un Certain Regard - :

Miss Lovely - Ashim Ahluwalia
La Playa - Juan Andres Arango
Les Chevaus De Dieu - Nabil Ayouch
Trois Mondes - Catheron Corsini
Antiviral - Brandon Cronenberg
7 Days In Havana - Benicio Del Toro, Laurent Cantet, Gaspar Noe
Le Grand Soir - Benoit Delepine & Gustave Kervern
Laurence Anyways - Xavier Dolan
Despues De Lucia - Michel Franco
Aimer A Perdre La Raison - Joachim Lafosse
Mystery - Lou Ye
Student - Darezhan Omirbayev
La Pirogue - Moussa Toure
Elefante Blanco -Pablo Trapero
Confession Of A Child Of The Century - Sylvie Verheyde
11.25: The Day He Chose His Own Fate - Koji Wakamatsu
Beasts Of The Southern Wild - Benh Zeitlin

Fora de competição:

Une Journee Particuliere - Gilles Jacob and Samuel Faure
Madagascar 3: Os Procurados- Eric Darnell, Tom McGrath
Dracula 3D - Dario Argento
Io E Te - Bernardo Berolucci
Hemingway & Gellhorn- Philip Kaufman
Ai To Makoto - Takashi Miike

Exibições especiais:

Der Mull Im Garten Eden - Faith Akin
Mekong Hotel - Apichatpong Weerasethakul
Villegas - Gonzalo Tobal
A Música Segundo Tom Jobim - Nelson Pereira Do Santos
Journal De France - Claudine Nougaret & Raymond Depardon
Les Invisbles - Sebastien Lifshitz
The Central Park Five - Ken Burns, Sarah Burns, David McMahon
Roman Polanski: A Film Memoir - Laurent Bouzereau

Alguns filmes que merecem sua atenção:

Moonrise Kingdom – Direção de Wes Anderson;

Situado nos anos 1960, com roteiro de Anderson e Roman Coppola, o filme conta a história de um jovem casal (os novatos Jared Gilman e Kara Hayward) que se apaixona e decide fugir. Os líderes da cidade começam a disseminar a idéia de que eles foram seqüestrados e iniciam uma busca. Edward Norton fará um chefe de escoteiros que leva sua equipe na busca. Willis, o xerife da cidade, que tem um caso com a mãe (Frances McDormand) da garota "desaparecida". Bill Murray  faz o pai da garota, que tem seus próprios problemas. Tilda Swinton, Jason Schwartzman, Bob Balaban, Bruce Willis, Edward Norton e Harvey Keitel também estão no elenco. Moonrise Kingdom terá sua première em Cannes, abrindo o festival no dia 16 de maio. A estréia comercial está marcada para o dia 25 do mesmo mês, nos EUA.




Rust and Bone – Direção de Jacques Audiard
Rust and Bone (De Rouille et d'Os), drama dirigido por Jacques Audiard - premiado no Festival de Cannes de 2009 por O Profeta  - estrelado por Marion Cotillard (A OrigemPiaf - Um Hino ao Amor), estará na competição do festival a partir do dia 16. O filme é uma adaptação de uma coleção de contos homônima, escrita por Craig Davidson, e o roteiro é de autoria de Thomas Bidegain, corroteirista de O Profeta. Na trama, personagens "de risco" - ninfomaníacos, boxeadores, apostadores e alcoólatras - são testados em situações-limite. A francesa Céline Sallette e os belgas Bouli Lanners e Matthias Schoenarts também estão no elenco.





Cosmopolis – Direção de David Cronenberg

Cosmopolis, a adaptação ao cinema do romance homônimo de Don DeLillo estrelada por Robert Pattinson e dirigida por David Cronenberg. No filme, Eric Packer, um bilionário de 28 anos que cruza Manhattan atrás de um corte de cabelo e, no decorrer de um dia, perde sua fortuna depois de apostar na Bolsa contra o yen.Sarah Gadon faz a esposa de Packer. Samantha Morton, Juliette Binoche, Paul Giamatti e Kevin Durand também estão no elenco .






The Paperboy – Direção de Lee Daniels

The Paperboy, novo filme do diretor Lee Daniels (Preciosa), que concorre à Palma de Ouro noFestival de Cannes. O longa é baseado no livro homônimo de 1995 de Pete Dexter e conta a história dos dois filhos de W.W. James, editor do jornal Moat County Tribune, Jack (Zac Efron) e Ward (McConaughey). Jack, o mais novo, é o paperboy do título, que deixou a faculdade para entregar jornais na região. Ward, o mais velho, repórter do jornal Miami Times, retorna a Moat para cobrir a prisão de um homem condenado à morte pelo suposto assassinato do xerife do condado. O crime fará Jack e Ward trabalhar juntos, mas cada um paga seu preço pela investigação. Cusack faz o condenado à morte, Hillary Van Wetter. Nicole Kidman interpreta a mulher com quem o preso se correspondia da prisão e que se envolve com Jack. O filme estreia comercialmente nos EUA em 25 de novembro.

                                                      Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=zoUUgnWtE8M


Killing Them Softly (Cogan’s Trade) – Direção de Andrew Dominik

Killing Them Softly (ex-Cogan's Trade) é um filme do diretor Andrew Dominik (O Assassinato de Jesse James) sobre a máfia de Boston.  A trama, baseada no livro homônimo de George Higgins, tem Brad Pitt  no papel de Jackie Cogan, detetive contratado para investigar um assalto a  jogo de pôquer de alto nível, que acontecia sob a proteção da máfia.. Completam o elenco James Gandolfini, Ray Liotta, Sam Shepard, Scoot McNairy, Vincent Curatola e Richard Jenkins, entre outros. O longa estréia em 21 de setembro nos EUA e 28 de setembro no Brasil.


Amour – Direção de Michael Haneke

Protagonizado por Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva e Isabelle Huppert, o filme segue um casal de professores de música reformados que vê o seu amor testado quando a mulher sofre um AVC e fica parcialmente paralisada. De notar que a portuguesa Rita Blanco participa no filme no papel de uma porteira. Michael Haneke já ganhou a Palma d’Oro com o belíssimo filme A Fita Branca.



Lawless – Direção de John Hillcoat

Baseado no livro The Wettest County in the World, escrito por Matt Bondurant, o filme é ambientado nos anos da Lei Seca, acompanha uma família de contrabandistas de bebida que  comete e sofre crimes às margens da lei, e se vê ameaçada pela ganância das autoridades, que querem uma fatia do negócio. O roteiro e a trilha são de Nick Cave, que já trabalhou com Hillcoat no roteiro de A Proposta e compôs a música de A Estrada. O principal chamariz é a presença de Shia LaBeouf e Tom Hardy como protagonistas, mas tudo indica que Guy Pearce (que tem atuação marcante em A Proposta, do próprio Hillcoat) e Gary Oldman  vão roubar a cena como os vilões. Jason Clarke (o terceiro irmão dos contrabandistas), Jessica Chastain  (interesse amoroso de Hardy), Mia Wasikowska  (interesse romântico de LaBeouf) e Dane DeHaan também estão no elenco, entre outros. Lawless tem estreia prevista para 31 de agosto nos EUA e 14 de setembro no Brasil.


The Angel’s Share – Direção de Ken Loach

Robbie (Paul Brannigan) escapa, por pouco, de uma sentença de prisão. Ele acaba de ter um filho com a namorada Leonie e promete que o futuro do primogênito será diferente de tudo que viveu. Durante o serviço comunitário, ele conhece pessoas que enfrentam a mesma dificuldade de encontrar emprego e descobre um dom em degustação de whisky, que pode mudar suas vidas para sempre. Ken Loach, também diretor do filme Kes (1969) é um dos favoritos.



On The Road – Direção de Walter Salles

Na Estrada é o título da adaptação ao cinema do livro de Jack Kerouac On The Road, marco domovimento beatnik. Parcialmente autobiográfico, o romance de 1957 conta a história de Sal Paradise/ Jack Kerouac (Sam Riley), sujeito comum que vive em Nova Jersey e que conhece um alucinante andarilho de Denver, Dean Moriarty/ Neal Cassady (Garrett Hedlund). A personalidade magnética do recém-chegado conquista Sal e juntos partem para conhecer os  Estados Unidos numa jornada de autoconhecimento.

No elenco também estão Kristen Stewart (Marylou/ Luanne Henderson, a primeira mulher de Moriarty/Cassady), Kirsten Dunst (Camille/Carolyn Cassady, a outra esposa de Moriarty/Cassady), Viggo Mortensen (Old Bull Lee/William S. Burroughs, escritor e integrante mais velho dos beats), Amy Adams (Jane/Joan Vollmer, integrante do movimento beat e esposa de Old Bull Lee/Burroughs), Tom Sturridge (Carlo Marx/Allen Ginsberg, poeta e integrante do movimento beat), Alice Braga (Terry/Bea Franco, amante de Paradise/ Kerouac) e Steve Buscemi (que ainda não teve seu papel detalhado). 

O roteirista de Diários de Motocicleta, Jose Rivera, adaptou o texto que o brasileiro Walter Salles Jr. dirigiu. As filmagens aconteceram em estradas dos Estados Unidos, Canadá e México. O projeto internacional tem participação da Videofilmes de Salles e da American Zoetropede Francis Ford Coppola. Na Estrada deve ter sua première no Festival de Cannes, em maio, e tem lançamento previsto para 15 de junho no Brasil.



The Hunt – Direção de Thomas Vinterberg

O diretor dinamarquês Thomas Vintenberg (Submarino) e o ator Mads Mikkelsen (Os Três Mosqueteiros) unirão forças no drama The Hunt. Escrito por Vintenberg e pelo co-roteirista de Submarino (filmaço Cult), Tobias Lindholm, o drama conta a história de um recém-divorciado (Mikkelsen) que é acusado de abusar de uma criança, em uma pequena cidade rural. O elenco inclui ainda Susse Wold, Thomas Bo Larsen, Lars Ranthe e Anne Louise Hassing.

Trailer (entrevista):






In Another Country – Direção de Houng Sangso

In Another Country, o novo filme do cultuado diretor sul-coreano Hong Sang-soo (Noite e Dia,The Day He Arrives), diferencia-se dos seus trabalhos anteriores porque tem uma estrangeira, a francesa Isabelle Huppert, como protagonista.  Na trama, Huppert vive três mulheres chamadas Anne, que visitam, consecutivamente, uma cidade litorânea e ficam no mesmo hotel. Quando passeiam pela areia, cada uma encontra um grupo de pessoas (que também se repetem). Colaborador frequente de Hong, o ator Yu Jun-Sang faz uma das pessoas do grupo, um salva-vidas que percorre a orla sem parar.




Mud – Direção de Jeff Nichols

Filme estrelado por Matthew McConaughey e Reese Witherspoon com direção de Jeff Nichols (diretor do ótimo e recomendadíssimo filme, O Abrigo). O roteiro de Nichols segue Mud, um carismático fora-da-lei (McConaughey), que faz uma amizade improvável com um garoto de 14 anos (Tye Sheridan, de A Árvore da Vida), que está determinado a ajudar Mud a fugir de caçadores de recompensa e reecontrar-se com sua alma gêmea, Juniper (Witherspoon).



Divirtam-se.
Até breve!

André Avanço Reis





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