terça-feira, 12 de junho de 2012

O Jovem e o Ancião


O jovem conversa com um camponês de 103 anos: 
- Não tem eletricidade aqui?


- Não precisamos dela. As pessoas se acostumam com a conveniência, acham que a conveniência é melhor. Jogam fora o que é realmente bom. 


- Mas, e a iluminação? 


- Temos velas e óleo de linhaça. 


- Mas a noite é tão escura...


 
- Sim. A noite tem de ser assim... Por que a noite deveria ser clara como o dia? Eu não gostaria de não conseguir ver as estrelas à noite.Tentamos viver do modo como o homem vivia antigamente. É o modo natural de viver. Hoje em dia, as pessoas se esquecem de que elas são parte da natureza. Destroem a natureza da qual nossa vida depende. 
Acham que sempre podem criar algo melhor. Sobretudo os cientistas. Eles podem ser inteligentes, mas a maioria não entende o coração da natureza. Eles só criam coisas que acabam tornando as pessoas infelizes. Mesmo assim, orgulham-se tanto de suas invenções. E, o que é pior, a maioria das pessoas também se orgulha. Elas as vêem como milagres. Idolatram-nas. Elas não sabem, mas estão perdendo a natureza. Não percebem que vão morrer.

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No Salmos 104 vemos que a glória de Deus é manifestada na criação e na conservação de todas as coisas - tanto nas grandiosas, como os céus, as águas, as nuvens, os ventos, os mares, como nas pequenas, o capim, a verdura, os pássaros, o vinho, o pão. Observando tanta beleza, é possível compreender a admiração do salmista, que proclama: “A glória do Senhor seja para sempre!” (Salmos 104:31).

A espiritualidade moderna, nos dizeres de Guilherme de Carvalho, tirou Deus das coisas do mundo. Lá está Ele, na Igreja, na Bíblia, nos momentos diários de louvor, nas orações. Entretanto, agindo de forma individualista e imediatista com o meio à nossa volta, esquecemos que a criação reflete a Sua glória e soberania. Apenas entendendo nosso papel como cristãos perante a criação, mediante o qual Deus e o universo se diferem, e ao mesmo tempo se aproximam, poderemos desfrutar- e cuidar!- de nosso planeta. 

“Ame toda a criação de Deus, ela inteira e cada grão de areia nela. Ame cada folha, cada raio de luz de Deus. Se amar tudo, perceberá o mistério divino nas coisas”
Dostoiévski

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